
É preciso entender que os advogados não aumentam a rentabilidade de uma operação empresarial simplesmente garantindo uma fatia maior do negócio para seus clientes.
Pensando em como se avaliam os preços de ativos financeiros[3], fica claro que advogados não poderiam mudar isso. Preço é um resultado direto das forças do mercado. Mas advogados, assim como empresas, não vivem em um mundo hipotético com circulação perfeita de informações. Por isso, eles têm um papel a desempenhar no mundo real: a redução de ineficiências em transações, o que acaba por aumentar o valor da operação (aproximando do valor hipotético). Ou seja, um dos papéis do advogado empresarial seria desenvolver estruturas legais que reduzam – nos negócios – as perdas decorrentes de ineficiências[4] [5].
[3] Mais conhecido como CAPM (Capital Asset Pricing Model). Veja em [ https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_de_precifica%C3%A7%C3%A3o_de_ativos_financeiros ] (acessado em 08/10/18).
[4] Estas ineficiências podem ser taxas, antitruste, normas trabalhistas, riscos de produtos, seguros, entre outras.
[5] O teste de sua teoria foi feito na análise de acordos de aquisição de ativos em fusões e aquisições. Estas negociações e os modelos formados reduziam custos e traziam maior segurança para as operações, aumentando o valor total. A modelagem de operações complexas é uma função muito importante do advogado corporativo. Foi um modo de abordagem essencial para a formulação do tema “Afinal, o que o advogado empresarial faz que agrega tanto valor?”.
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